A OAB E O JOVEM ADVOGADO

A OAB/SE nunca deu tanta atenção ao jovem advogado como nos últimos anos. Quem diz o contrário, ou o faz por desconhecimento ou por má fé. Porque há duas palavras que definem bem essa atual gestão: diálogo e acolhimento. Por isso é que o jovem advogado, finalmente, encontrou o interlocutor que precisava.

E isso é público e notório.

Todos sabem, a Ordem acolhe o advogado ainda na sua fase de formação acadêmica. Grupos de estudantes fazem visitações frequentes à Casa do Advogado, conhecem suas funções administrativas, sua história e são estimulados ao exercício da advocacia.

Formados, a Ordem os acompanha no momento do exame, estimulando-os e auxiliando-os. Uma vez aprovados, eles são recepcionados pela Comissão de Jovens Advogados e participam de treinamentos e palestras. Nestes eventos, a Ordem já demonstra sua preocupação em situar os jovens no novo mundo em que elesestarão inseridos, iniciando-os no processo de aprendizagem sobre as noções de prerrogativas, de honorários advocatícios, sobre a formação de sociedades, a formatação de escritórios e tudo o que envolve a vida prática desta profissão.

No entanto, a valorização da juventude não se restringe a essa comissão específica, hoje os jovens advogadosestão inseridos em praticamente todas as comissões, oxigenando a Ordem e ganhando fôlego ao mesmo tempo.

E em todos os eventos realizados ao longo do ano, em benefício do jovem advogado, são debatidos temas de fundamental relevância para o exercício de suas atividades, sobretudo nos eventos dasSemanas de Valorização da Jovem Advocacia, onde são ministradas palestras específicas sobre aviltamento de honorários, prerrogativas, primeiros passos na advocacia, roteiro de audiências cível, trabalhista e criminal, sustentação oral nos tribunais etc.

A OAB/SE mantém, ainda,descontos progressivos de anuidade dos que estão em início de carreira. O recém chegado à Ordem não paga a anuidade na mesma proporção que os veteranos, somente a partir do 5º ano é que o advogado passa a pagar a integralidade de sua anuidade; isso é estender a mão a quem está chegando.

O presidente da Comissão dos Jovens Advogados, Cristiano Barreto, explica ainda que “nos preocupamos em facilitar a educação continuada desse jovem, em parceria com a Escola Superior de Advocacia conseguimos inúmeros descontos para o jovem advogado. E nós também realizamos cursos práticos de audiência em advocacia criminal, trabalhista e cível, sempre visando que o jovem advogado tenha um pouco mais de segurança no exercício de suas atividades”. E mais, a voz do jovem advogado é representada e defendida junto ao conselho de classe.

Na confecção da tabela de honorários, em 2011, a Ordem já incluiu questões de interesse do jovem advogado e, e em 2015, quando houve a atualização da tabela de honorários, “nós jovens advogados, representantes da jovem advocacia, preferimos não apenas fazer a atualização monetária da tabela; fizemos mais, incluímos novos procedimentos que são na sua grande maioria exercidos também por jovens advogados, a exemplo da advocacia de correspondência”, enfatizou Pedro Otto Souza Santos, membro da Comissão de Jovens Advogados.

A OAB trouxe para Sergipe o melhor curso de administração de escritórios do país. Que inclusive foi um sucesso, contando com uma participação maciça dos jovens advogados. O curso, ministrado pela renomada professora Lara Selem,em 8 módulos,esclareceu de uma forma clara e didática o funcionamento de um escritório, desde o seu nascimento até a fase final de administração. Ali, os advogados tiveram uma proveitosa imersão nessa nova configuração da moderna advocacia.

Os números não deixam dúvidas. Na atual gestão,a quantidade de salas nos tribunais saltou de 07 para 40, serão 50 até o final deste mandato; o jovem advogado é quem mais se beneficia disso. A OAB criou, também, uma Comissão de Esportes, no intuito de melhorar a integração entre as gerações, com diversas atividades de esporte, diversão e lazer, promovendo saúde e bem-estar.

Além do mais, a juventude enriqueceu e muito o seu repertório prático e teórico com inúmeros palestrantes de renome que a Ordem trouxe a Sergipe, ministrando cursos de oratória, de critérios para precificação de honorários, de esclarecimentos sobre o Novo CPC, a constituição de sociedades de advogados e a formatação de escritórios.

As Conferências Estaduais lotaram o Teatro Tobias Barreto, até o presidente da república esteve presente a uma delas. A Ordem, nesta gestão, descentralizou suas atividades e foi, de forma inédita, em caravana até o interior, entregando carteiras aos jovens em seus locais de origem e valorizando sua formação.

Outro tema importante, a OAB/SE abriu uma ampla discussão em relação ao Piso Salarial, que é um paradigma de remuneração para a advocacia. E pela primeira vez, nestes 80 anos de Ordem, se discutiu de forma firme essa temática. Nunca a Ordem havia abordado esse tema de forma tão incisiva, e este assunto toca justamente no jovem advogado, que é quem inicia na atividade com o piso.

Ao invés de simplesmente acatar a decisão do Conselho Federal sobre o Piso Salarial, a OAB/SE preferiu partir da realidade sergipana e foi ouvir as suas basesem todos os rincões do estado. Em outubro é a vez do debate com os advogados da capital, de forma democrática, ouvindo quem contrata e quem será contratado.

Essa gestão é transparente e valeu-se da tecnologia para criar diversos canais de comunicação com o público externo. Só não vê quem não quer. Embora acabe de completar 80 anos, a OAB/SE nunca esteve tão jovem.